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ffoto retirada do acervo pessoal

Lateral-direito do Avaí chegou nesse ano a Florianópolis e vai participar pela primeira vez da Copa São Paulo

    Enquanto a maioria da população brasileira ainda estará de ressaca pós ano-novo, garotos de todos os cantos do Brasil entram em campo na Copa São Paulo de Futebol Júnior, que acontece entre os dias 2 e 25 de janeiro na “Terra da garoa”. O maior torneio de base do Brasil, terá 128 equipes divididas em 32 grupos com times formados por jovens da categoria Sub-20. Nenhum campeonato de base do país é tão disputado e democrático quanto a Copinha. Jogar o campeonato pode mudar a vida de muitos garotos devido à grande vitrine que o torneio possui em nível de olheiros tanto de clubes nacionais quanto do exterior. Jogadores como Robinho, Neymar e Kaká desfilaram seu futebol na Copa São Paulo antes de se tornarem famosos no exterior.

    Equipes de todo o Brasil vão para São Paulo em busca da tão almejada taça. Garotos de até 20 anos sonham com novas possibilidades e oportunidades, olheiros e empresários buscam novos talentos e clubes de pequeno porte competem com grandes equipes do Brasil. O campeonato chega à sua 50ª edição em 2019 e em poucas ocasiões não teve um time grande se consagrando campeão. Estão nessa seleta lista times menos conhecidos como Marília, Santo André, América do Rio Preto, Juventus e Roma Arapurana.

      Buscando entrar para o grupo de campeões da Copinha, o Avaí disputa vaga para segunda fase da competição com Juventus, América e Inter de Limeira no grupo 30. Na primeira partida, no dia 3 de janeiro, o Leão da ilha encara o campeão de 1985, Juventus. Com 13 participações no torneio, o time de Florianópolis fez sua melhor campanha em 2007 quando caiu nos pênaltis para equipe do Corinthians. O plantel do time azurra tem 30 jogadores, entre eles Gabriel Afonso Medeiros, lateral-direito de 19 anos, que participará pela primeira e última vez da Copa São Paulo de futebol Júnior. Natural de Minas, o garoto já passou pelas categorias de base de um clube da cidade de Ubá e também do decacampeão brasileiro Palmeiras. O jovem que já está adaptado a Florianópolis e a categoria de base avaiana, mora no alojamento do clube com outros colegas.

Confira na íntegra a entrevista dada ao Driblador.

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DRIBLADOR – Como você começou na base?

GABRIEL AFONSO – Foi uma caminhada longa. Eu saí de casa com 13 anos pra jogar num clube pequeno de Ubá, que eu sou de Minas, né? De lá, o Palmeiras me olhou quando eu tinha 14 anos. Fiquei cinco anos no Palmeiras e vim esse ano para o Avaí.

 

DR – Como foi a saída de casa até chegar aqui em Santa Catarina?

GA- Pra falar a verdade, quando eu era mais novo eu saí mais tranquilo. Quando eu vim pra cá, senti um pouco mais de dificuldade, porque eu tava muito familiarizado lá em São Paulo, mas agora eu estou adaptado. O clube me acolheu bem.

 

DR – Como você vê essa participação na Copa São Paulo?

GA – É minha primeira vez na Copa São Paulo. Então, tô bastante ansioso e com muita vontade de jogar, porque como vai ser minha primeira e última oportunidade, então, tenho que aproveitar bem.

 

DR – No momento você está na base, mas para estar no profissional é “um pulo”. Como você lida com isso?

GA – Aqui não tanto, mas lá no Palmeiras a gente treinava bastante com o profissional. Lógico que tem uma diferença; os caras são mais experientes; mais “rodados”, mas a diferença não é gritante. Os “caras” correm; fazem o que a gente faz; treinam o que a gente treina. Mas lógico que tem a ansiedade e o nervosismo. A gente trabalha pra estar lá, então, tem que estar preparado.

DR – Por que você resolveu ser jogador?

GA – Desde os quatro anos eu jogo. Eu acho que, minha cabeça sempre foi querer ser jogador.

 

DR – O que você almeja para a sua carreira?

GA – Meu sonho é jogar na Europa, ser bem sucedido, ajudar a família. Não só a família, mas pessoas que precisam. Eu vim de um bairro menos favorecido e as pessoas ao meu redor sempre foram mais pobres. Então, ajudar o pessoal da minha cidade também.

 

DR – Como é a sua rotina aqui no Avaí? Você mora no alojamento?

GA – Sim, moro no alojamento. Como agora eu acabei os estudos, estou fazendo autoescola. Treino e descanso, não têm muitas coisas para fazer.

 

DR – Como era quando você estudava?

GA – Aqui eu não cheguei a estudar, mas lá no Palmeiras eu estudava de noite. Treinava de manhã. Às vezes, de manhã e à tarde.

 

*Nossa próxima entrevista da série será com o treinador da categoria de base do Avaí, Fabrício Bento.

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