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Fabrício Bento, treinador da categoria Sub-20 do Avaí e auxiliar na equipe profissional, conta como lida com o processo de transição dos jovens para o time de cima

      Pelo segundo ano consecutivo, Fabrício Bento da Cunha comandará o time Sub-20 do Avaí na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Auxiliar de Geninho na equipe profissional, o ex-jogador é responsável pelo processo de transição dos jovens da categoria júnior para o grupo de atletas do time principal. Aos 43 anos, Cunha iniciou a carreira de treinador no time de Biguaçu, na grande Florianópolis, e já passou pelas categorias Sub-15 e Sub-17 do Leão da ilha.

      Natural de São Paulo, o treinador avaiano começou na base da Portuguesa, passando posteriormente por clubes do exterior. Zagueiro de origem, Fabrício tem forte identificação com o time da Ilha da magia, clube que atuou em 2002 e em 2007, quando foi uma dos principais jogadores na campanha de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

     Campeão estadual como treinador da categoria júnior no ano passado, Fabrício conta que a preparação para a Copinha é intensa e que o clube avaiano almeja superar a campanha de 2007, quando chegou às semifinais, e conquistar o título do maior torneio de base do país. Para isso, o ex-zagueiro procura passar suas percepções e a experiência que teve como jogador para os jovens que almejam adentrar na carreira de jogadores profissionais.

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DRIBLADOR – Há quanto tempo você trabalha na categoria de base?

FABRÍCIO BENTO – Estou há cinco anos aqui no Avaí. Comecei na base do Avaí, antes já trabalhei no profissional. Eu iniciei aqui em Santa Catarina, num time da terceira divisão, que é o Biguaçu. Depois do acesso (do Biguaçu para a segunda divisão), eu saí e fui ser auxiliar no Operário de Ponta Grossa, Paraná. Depois eu vim para o Avaí.

 

DB – Você trabalhou como jogador profissional aqui no Avaí?

FB – Sim, em 2002 foi minha primeira passagem. Depois entre 2007 e 2008, saí e voltei em 2013 como treinador.

 

DB – Como você lida com esse processo de transição dos jovens da base para o profissional?

FB – A gente procura sempre passar as informações para os treinadores do profissional. Se tiver algum menino se destacando para eles verem e “puxar” para o profissional.

 

DB – E como você lida com esse processo com os garotos (passagem da base para o profissional)?

FB – A gente procura passar as coisas para eles. Como estou nesse projeto entre o profissional e a base, já sei qual perfil de jogador que o treinador gosta para que eles possam melhorar e chegar lá. Não 100%, porque lógico que isso é difícil. Mas chegar com metade do caminho “andado” para se adaptar mais fácil. Precisa ter essa adaptação, porque é totalmente diferente o trabalho. Esse é o papel que a gente procura fazer do profissional para a base.

 

DB – Você vê muita ansiedade por parte deles para que isso ocorra?

FB – Eu já vivi isso. A gente sabe a ansiedade que é para chegar ao profissional, a dificuldade que é. Nós cobramos e pedimos para eles terem intensidade. Eles já estão a um passo do profissional. Cobramos para eles serem profissionais. Alguns assimilam; outros, não. Isso é normal. Eles se assustam um pouco. Mas a gente procura passar que pode ser fácil se eles quiserem e trabalhar sério.

 

DB – Qual a expectativa do Avaí para a Copinha?

FB – Sempre estamos na esperança de buscar o título. E vai ser esse ano. A gente procura passar isso para eles, porque queremos o êxito de todos. Há dois anos seguidos chegamos próximo, brigando e deixando “escapar” nos últimos jogos. Esse ano, estamos nos preparando, o grupo tá vindo bem.  Estão assimilando o que estamos passando para eles e eu acredito que esse ano nós vamos chegar ao êxito, que é o título.

 

DB – Como funciona a preparação no decorrer do ano para a Copinha?

FB – Esse ano foi mais difícil por conta da minha transição para o profissional. Tive que sair um pouco da base. Eu estava como treinador no início do ano, na Taça São Paulo, mas depois saí. Entrou o Bruno e voltei no final do ano para trabalhar os jogadores para a Taça São Paulo. Fizemos uma boa participação na Copa Sul e a preparação para a Copinha tem sido boa. Faz um mês que estamos trabalhando a parte física, técnica e tática. Fizemos um amistoso também e o processo tá indo legal.

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DB – E a rotina de treinamentos é mais intensa nesse período?

FB – No começo foi intensa e está sendo ainda. Estamos na parte de preparação e parte física. Nessa semana, vamos começar o trabalho envolvendo a parte tática. Primeiro, trabalhamos a parte física para depois trabalhar a parte tática, assim o jogador estará apto a chegar ao campeonato, que é muito forte. Se você não estiver bem preparado, não tem como chegar. O intervalo entre os jogos é muito curto. A gente estreia no dia 3, e depois temos jogos nos dias 6 e 9. Uma partida que você perde, pode jogar tudo “fora”.

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DB – Como você a estrutura de base a nível nacional e do Avaí especificamente?

FB – A base no Brasil cresceu bastante. Vou falar de Santa Catarina, por que os outros clubes como Corinthians e Flamengo já tem uma grande estrutura. Aqui em Santa Catarina, pelos últimos anos vem crescendo muito. Hoje, já não deixa a desejar como era antes. Jogar com clubes com Grêmio e Flamengo, por exemplo, era muito difícil e hoje já se tem um êxito. No ano passado, a gente já chegou à semifinal da Copa do Brasil. Hoje, eles respeitam mais. Não somente a equipe do Avaí, mas do Criciúma, Chapecoense, Figueirense e Joinville. A base cresceu muito aqui no Sul e estamos entre os melhores do Brasil.

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